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Professora da rede pública de Florianópolis, atualmente como Assessora Técnico-Pedagógica da DEF (Diretoria de Ensino Fundamental). Especialista em Práticas Interdisciplinares na Ed. Infantil, Ens. Fundamental e Médio. Especialista em Tecnologias na Educação (em curso).

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Plágio? Criação? Eis a questão!

Lendo o texto “Habilidades do século XXI”, de Pedro Demo, e pensando em minhas experiências docentes, a internet parece ter sido lugar de ambas as coisas. Para quem tem pensamento crítico, conhecimento sobre determinado assunto e, sobretudo, habilidade no uso da linguagem escrita — não apenas da linguagem culta — a internet é lugar de criação; já para aqueles que possuem em parte, ou não possuem, essas habilidades básicas encontram na internet um lugar propício ao plágio.


Com o advento da tecnologia digital,tornou-se muito mais fácil apropriar-se ipisis literis do pensamento de outrem, já que dois comandos simples “ctrl+c, ctrl+v” fazem o trabalho antes maçante de tornar nosso o que é de outro. A isto soma-se a dificuldade que os “imigrantes” digitais — nós os professores — saibam de onde essas ideias foram pinçadas, já que muitos de nós não estamos preparados para o uso educacional consciente dessas tecnologias.

Para que nossos estudantes entendam e aprendam a implicância de seus atos é necessário que o professor esteja atento e saiba o momento e a forma de intervir. Essa intervenção deve ser feita sempre que um plágio for detectado, conversando-se com a turma sobre as leis de direitos autorais e sobretudo sobre alguns valores que se fazem necessários, mas andam esquecidos em nossa sociedade.

Uma forma de se prevenir o plágio é ensinar aos estudantes que existem meios para se conseguir as habilidades necessárias a um bom autor: independência no que tange à interpretação de informações, bem como às ferramentas de busca dessas informações — seja em meios impressos ou digitais, independência no uso dos mecanismos de construção de gêneros textuais, conhecimento dos recursos digitais de autoria, entre outros.

A visão de que o professor é o exemplo de seus alunos pode não apenas parecer como estar obsoleta, mas ainda guarda em si grande valor. O professor que mostra a seus alunos as fontes dos textos que traz para a aula, os livros onde pesquisa os conceitos a serem trabalhados, que indica materiais através de referências bibliográficas, ensina seu aluno não apenas a querer saber, a pesquisar, a interessar-se pelo que é dito; mas sim que existem outras vozes, outras opiniões, outros sujeitos “falantes” que não apenas o professor; o que o ajuda a perceber o respeito devido à autoria de outrem.

Se pensarmos que nossos estudantes não são analfabetos digitais, ou seja, a maioria conhece alguns recursos melhor que nós, estaremos apenas adequando o uso corrente dessas ferramentas ao nosso fazer pedagógico e, principalmente, aos métodos de aprendizagem de nossos estudantes. Estaremos ensinando-os o fazer-aprendendo ou o aprender-fazendo, como queira.

Segundo Demo, no texto supracitado, o leque educacional do trabalho com a autoria é imenso, já que colaboração é pedra de toque dos saberes no século XXI. Para isso, nada melhor do que trabalhar com redes de conhecimento, com textos coletivamente escritos, onde o ideia de currículo rizomático deixa de ser apenas um conceito e passa a ser prática. É preciso saber ousar e apostar na construção dessas redes de conhecimento a partir de um trânsito transversal por entre os campos do saber.

Para ampliar a discussão, saibamos que o MEC vem agindo no sentido de quebrar o ensino compartimentado e fragmentado em disciplinas para ampliá-lo em grandes áreas do conhecimento. Em que isto é relevante para esta discussão sobre autoria? Em quase tudo, quando o currículo for desfragmentado proporcionando um maior transito de informações e conceitos das “disciplinas”, a partir de pontos seus comuns, será mais visível a transversalidade dessas informações e a pedagogia da autoria terá um campo vasto e aberto para crescer.

Mas enquanto essa maravilha de fato não acontece, há formas de o professor “ir proporcionando” — sem cair em gerundismos — práticas de reflexão e criação de novos conhecimentos, sempre a partir de algo já construído, mas com a devida reflexão crítica e autocrítica necessária a “re”criação do conhecimento historicamente produzido; afinal ninguém “re”inventará a roda, mas sim aperfeiçoá-la-á.

Uma maneira gostosa e super interativa de aprendizagem a partir da autoria são os blogs e fotologs. Gosto muito dessas duas ferramentas, preferindo por razões particulares mais a primeira que a segunda. Ao criar-se um blog para a turma, os professores e estudantes podem estar em constante contato favorecendo sobremaneira o aprendizado, apesar de as interações não serem instantâneas como num chat. Esse constante movimento de produção-reflexão-produção ativa a comunicação e aproxima professores e estudantes, além da comunidade digital. Outro fator importante sobre o trabalho com autoria é a importância de a voz do sujeito concretizar-se, fazer-se presente, levando outros — e o próprio autor — a repensar sobre o que foi produzido, além de torná-lo responsável por sua criação.

Outra proposta do MEC, que além de pertinente e interessante ao tema tratado neste texto, visa a melhoria e a inclusão digital dos estudantes de escola pública: Programa UCA – Um Computador por Aluno, idealizado por Nicholas Negroponte.

A tônica desse projeto, que este ano tornou-se programa, é justamente o uso da tecnologia digital para melhorar a qualidade do ensino no Brasil. O principal ganho que se tem com programas desse tipo, em minha opinião, é justamente o fato de o aluno tornar-se sujeito de seu próprio saber, interessando-se mais por assuntos que dizem respeito a si e ao seu cotidiano. Com esse equipamento é possível que a turma trabalhe em rede, via internet wireless, um ou vários assuntos com inúmeras possibilidades de intervenção, aliando a pedagogia de projetos à de autoria.

Ano novo, novas ideias!

Olá, Coleg@s,
A partir de hoje, pretendo disponibilizar sempre que possível textos relacionados ao uso das tecnologias e mídias aplicadas à educação.
Aguardo comentários,
Tati.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem os videozinhos!

Olá, coleg@s,
Tristemente posto esta mensagem.
Explico tamanha tristeza. Semana passada, adicionei a este blog uma listinha de vídeos interessantes da TV Escola - a Kika em "de onde vem...?" -  pequenos vídeos que abordam temas bem interessantes. Porém, algo sai errado. Como são vários videozinhos, eles são escolhidos aleatoriamente por algum mecanismo do You Tube e junto vêm outros que NADA tem a ver com o tema. Alguns bem esdrúxulos, por sinal!
Então, caros Coleg@s, resolvi tirá-los do meu "cantinho virtual.
Uma PENA!
Abraços,
Tati

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O que a escola faz com a tecnologia? O que a tecnologia faz com a escola? Alberto Tornaghi

Esse texto de Alberto Tornaghi nos faz relfetir sobre algo que, apesar de estar o tempo todo sob nossos olhos, não nos damos conta de sua importância.
Nele, Tornaghi expõe alguns exemplos de práticas com o uso de ferramentas digitais facilmente encontradas em nossas escolas: computador e internet.
Através do trabalho com a pedagogia da autoria, ele propõe que os estudantes visitem a Wikipédia e proponham tanto a inserção, quanto a ampliação de verbetes.
O autor lembra ainda que podemos melhorar a relação com nossos estudantes, deles com as disciplinas escolares e ainda a visão que tem de si, passando de meros "copiadores" a autores de textos dos mais  variados gêneros.
"Imagine de que forma mexerá com a auto estima de seus alunos ao se perceberem  autores de uma enciclopédia de alcance mundial! A autoestima e a responsabilidade."
A proposta da Web 2.0, evolução da proposta inicial que era conectividade e pesquisa, é ser um espaço não apenas de pesquisa, mas também de produção, experimentação e colaboração para nossos estudantes.
(REVISTA TV ESCOLA - TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Publicação da Secretaria de educação a Dsitância do MEC - Ministério da Educação. Brasília, DF. 2010., volume 1.)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Videozinho...

Olá, Coleg@s,
Coloquei mais uma novidade aqui no meu cantinho virtual: uma barra de vídeos.
Eles fazem parte de uma série de vínte episódios feitos pela TV Escola, por isso são próprios para serem  usados em sala de aula, desde que citemos sua autoria.
O melhor é que além de serem fofos, são altamente informativos.
Aproveitem!
Bjs,

Saudações!

Olá, Coleg@s do curso Tecnologias na Educãção - PUC-Rio,
É um prazer recebêl-os aqui em meu cantinho virtual.
Vocês acharão vídeos, notícias quentinhas do MEC, links e textos interessantes.
Lembrem-se de deixar um post, ok!
Abraços,
Tati.